O Campeonato Brasileiro de Jiu-Jítsu de 2025 não foi marcante apenas dentro das áreas de luta, mas também fora delas. Nos bastidores do ginásio José Correa, pudemos observar tendências, curiosidades e personagens que dão a magia a esta competição.
A tradicional Alliance mais uma vez mostrou sua força ao conquistar o título de melhor equipe no masculino, somando 128 pontos no adulto faixa-preta. Com um grande número de atletas e medalhistas, incluindo campeões como Tayane Porfírio no feminino e Marcus “Scooby” no masculino, a equipe fundada por Fábio Gurgel e Fernando Gurgel segue uma potência nacional. DreamArt ficou em segundo lugar masculino (67 pts), seguida de perto pela Checkmat (59 pts).
No feminino, o placar foi um pouco diferente, com maior equilíbrio entre as equipes. A Atos Jiu-Jitsu, liderou a pontuação feminina com 60 pontos. Logo atrás veio a Fratres Brazilian Jiu-Jitsu, com 53 pontos, e a DreamArt, com 51. Chamou atenção o quarto lugar da AOJ (Art of Jiu-Jitsu) com 40 pontos, uma academia apenas com duas unidades nos EUA (dos irmãos Mendes) figurando entre as top do Brasileiro adulto feminino, reflexo da atuação brilhante de atletas como Mayssa Bastos, Janaina Lebre e Maria “Maca” Vicentini representando a AOJ. A Alliance, apesar do ouro de Tayane, terminou apenas em quinto na pontuação feminina (35 pts).
A equipe Fratres, em particular, foi um dos destaques comentados pelos bastidores, o time mostrou resultados excepcionais, Yara Soares conquistou o pesado e foi prata no absoluto, e Lucas Maquiné venceu o peso leve masculino, dois ouros importantíssimos. Além disso, outro atleta de Manaus, Meyram Maquiné da jovem equipe Soldiers, chamou atenção ao avançar no absoluto masculino até as quartas de final, onde enfrentou ninguém menos que Marcus “Scooby” Vinícius que foi derrotado por seu companheiro de Soldiers Erich Munis. Nos corredores, muitos comentavam sobre os “Manauaras”, enumerando a legião de talentos de uma única cidade em todas as faixas.
Outra curiosidade foi a presença de várias academias estrangeiras pontuando no Brasileiro. Atletas gringos cada vez mais vindo ao país buscar o tão sonhado Brasileiro de Jiu-jítsu CBJ. Um exemplo é o polonês craque de guarda da Checkmat, Adam Wardzinski levando ouro nos pesados e o talentosos Cole Abate americano da AOJ. A Ares BJJ subiu ao pódio feminino com Elisabeth Clay campeã.
Nos bastidores, ouvia-se português com sotaque, inglês, francês, japonês e até norueguês, mostrando a participação global. De fato, nunca o Brasileiro teve tantos estrangeiros nas finais e ate uma final envolvendo apenas americanos.
O Brasileiro da CBJJ não é apenas uma competição nacional, mas um dos maiores torneios de jiu-jitsu do mundo, atraindo an elite global do esporte. Presença de grandes mestres, cantores, atores e personalidades, evidencia como o jiujítsu está cada vez mais popular e mainstream no Brasil, atraindo atenção até mesmo de personalidades fora do circuito de luta.
A Confederação Brasileira (CBJJ) saiu elogiada pela organização, combates transmitidos ao vivo pela FloGrappling, pontualidade e boa estrutura para atletas e público. Com tamanha grandiosidade, não é exagero dizer que o Brasileiro 2025 deixou sua marca na história do esporte. Agora, os olhos de todos se voltam para o Campeonato Mundial em junho, onde muitos desses campeões e medalhistas de Barueri buscarão repetir o feito na pirâmide icônica do jiu-jítsu em Long Beach.